quinta-feira, 21 de junho de 2007

A nutrição no Real Madrid

Caros visitantes...



ao se aproximar o final do ano lectivo chegam os exames. Assim, diminui a nossa disponibilidade e o nosso tempo para dedicar ao blog, bem como para responder aos mails que nos têm mandado para dep.nutricao_desporto@hotmail.com.



No entanto continuem a visitar-nos e a mandar as vossas dúvidas porque sempre que tivermos oportunidade iremos publicando posts a fim de darmos continuidade a este nosso "projecto" para dar visibilidade e mostrar a importância do Nutricionista no desporto.



Deixamos mais uma notícia de um bom exemplo de um caso de sucesso ao mais alto nível, da Dr. Patricia Teixeira, nutricionista brasileira que Vanderlei Luxemburgo levou para o Real Madrid.



O PODER DOS ALIMENTOS

FIFA.com



“Creio que a nutrição é muito importante porque o rendimento de um jogador depende fundamentalmente do descanso, o treinamento e a competição, e além disso da energia que tem o jogador. Temos que reeducar os esportistas com o objetivo de otimizar seu rendimento e suas atuações. E no só isso. Uma boa nutrição pode ajudar-lhes a prevenir lesões, e obviamente uma melhor atuação individual repercute na obtenção de melhores resultados coletivos”, defende com paixão, Patrícia.



Não parece fácil estar entre jogadores como Raúl, Becham ou Ronaldo para impôr receitas de alimentação. “Na carreira nos ensinam um pouco de psicologia”, diz com um sorriso. “Além disso deve saber até onde pode exigir ou pedir algo. Com os 5 anos de experiência e os resultados que tive, os jogadores respeitam muito meu trabalho. Eles sabem que é para seu bem, que vai ajudar a melhorar e cumprem, uns mais outros menos. Pouco a pouco vai mudando hábitos e isto é o importante”. A chave é não exigir, mas propôr. E nada de broncas no caso de deslizes no cumprimento das recomendações. Apenas demonstrar as melhorias que as recomendações podem trazer.



Para ver noticia completa clicar no título do post: "A nutrição no Real Madrid"

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Falta de nutricionistas deixa futebolistas entregues ao seu apetite

"Maioria dos clubes negligencia dieta alimentar dos jogadores"


Esta é uma realidade espelhada numa notícia da secção "podium" do jornal Público.


Pedro Jorge Teixeira, professor de Nutrição, Obesidade e Actividade Física na Faculdade de Motricidade Humana reforça a ideia de que a alimentação não deve ser negligenciada no desporto de alta competição.


"Um nutricionista, defende este académico, deve estabelecer-se entre os quatro primeiros degraus na hierarquia clínica dos clubes, nomeadamente nos de alta competição, que ficaria assim ordenada: médico (cuja função primordial se baseia em casos de lesões e doença), preparador físico, nutricionista e psicólogo."


Para ver noticia completa "clicar" no título do post «Falta de nutricionistas deixa futebolistas entregues ao seu apetite»

domingo, 3 de junho de 2007

III Congresso Internacional de Futebol

Realizou-se entre os dias 24 e 26 de Maio, no Auditório do Instituto Superior da Maia (ISMAI), o III Congresso Internacional de Futebol subordinado ao tema “aprendizagem, investigação, jogo… um estádio em festa!...”.
Foram discutidos vários temas ligados ao mundo do futebol, por profissionais de elevada referência no panorama nacional. Treinadores como Jesualdo Ferreira, Toni, Carlos Carvalhal e José Gomes abriram as portas do treino e demonstraram quais os seus segredos tácticos.
Além de tácticas, outros temas foram abordados, como a medicina desportiva, a arbitragem e a formação de novos talentos que tão bons resultados têm dado em Portugal ultimamente.





É de louvar, a discussão neste congresso, da alimentação ligada ao futebol e os seus proveitos no rendimento do futebolista, tendo a plateia ficado com uma pequena noção da importância do nutricionista no desporto.
Discutiu-se a temática da hidratação desportiva, apresentado pelo Mestre Basil Ribeiro do departamento médico do Leixões Sport clube e da equipa de ciclismo do Sport Lisboa e Benfica.
Também foram abordadas as recomendações alimentares para maximizar a performance desportiva do árbitro de futebol pela nutricionista Dr. Liliana Gonçalves.

A terminar o congresso, ficaram reservadas duas excelentes apresentações nas quais foram demonstradas de forma inequívoca a importância da nutrição no futebol moderno onde a condição física do atleta é de extrema importância.
O Professor Dr. José Soares, docente catedrático da faculdade de desporto da Universidade do Porto discutiu sobre a fisiologia aplicada no treino do futebolista enquanto que o Mestre Vítor Hugo Teixeira, docente da faculdade de ciências da nutrição e alimentação da Universidade do porto, dissertou acerca do tema “Nutrição e futebol”.

Este congresso também ficou marcado por uma intervenção de luxo do Dr. Leandro Massada. O médico, que colabora com o FC Porto, deixou toda a gente espantada com a forma directa e humorística como abordou o tema encarregue de debater: a traumatologia do desporto.


Gostaríamos de felicitar a organização pelos excelentes temas escolhidos, bem como seus palestrantes, esperando que o próximo congresso consiga atingir pelo menos o mesmo êxito.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Meios ergogénicos: vantagem na performance ou “presente envenenado”?

Já foram vários os casos de controlos anti-doping positivos que recentemente aconteceram quer no desporto português, quer no desporto internacional. Talvez o último caso mais mediático foi o do ciclista norte-americano Floyd Landis. O atleta da Phonak, após “quebrar” nitidamente numa das etapas do Tour de 2006, consegue fazer uma etapa seguinte notável, conseguindo acabar a volta a França em 1º lugar. Terminada a prova, o ciclista acusou positivo num controle anti-doping, ficando a polémica do retirar-lhe ou não o título do Tour. Em muitos destes casos os altetas justificam-se dizendo que não tomaram nenhuma substância ilegal, levantando hipóteses de que o conteúdo dopante, foi ingerido involuntariamente e sem o seu conhecimento.

Os meios ergogénicos são produtos ingeridos com o objectivo de melhorar a performance desportiva. Já existem alguns estudos que ao analisarem a composição destes produtos chegam às conclusões que: estes têm substâncias diferentes das mencionadas nos rótulos, que existe uma grande variabilidade de produto para produto e muitos nem têm informação dos ingredientes. Existem então 3 pontos determinantes para a avaliação da validade científica dos meios ergogénicos:
As quantidades e a composição são as que são utilizadas nos estudos científicos?
Os efeitos referidos pela bula são os referidos pela literatura?
Os efeitos descritos são úteis para o desporto a que se destinam?

Em conclusão e segundo várias associações de nutrição e de desporto estas substâncias devem ser usados com cautela, e apenas após uma avaliação cuidada do produto para segurança, eficácia, potência e para a detecção da presença ou não de substâncias ilegais. Será um aconselhamento nutricional ministrado por um especialista em nutrição e fornecido depois de uma análise cuidada da saúde, alimentação, suplementação e necessidades energéticas do desportista.

domingo, 27 de maio de 2007

Álcool: moderação até nos festejos…




Antes de mais parabéns ao Futebol Clube do Porto pela conquista do seu 22º campeonato nacional. O final de um campeonato é sempre carregado de emoções para todos os adeptos de futebol. A tristeza de uns contrasta com a alegria de outros. Se por um lado há quem chore a descida de divisão ou a não conquista do campeonato, por outro há a euforia dos que conseguem a manutenção ou são sagrados campeões. Seria um erro pensar que os jogadores são imunes a todas estas emoções. É obviamente lícito e forçoso permitir aos jogadores festejarem uma conquista que em primeira-mão é sua. Contudo, é igualmente impreterível regrar os festejos, principalmente quando a equipa está envolvida noutras competições. O álcool é questão fundamental. A ingestão de bebidas alcoólicas em excesso provoca alterações cardiovasculares, termoreguladoras (níveis de hidratação) e neuromusculares no organismo do jogador, pelo que a sua performance será prejudicada particularmente em determinados aspectos. O seu tempo de reacção, o controlo fino de movimentos bem como a capacidade de percepção e juízo serão menores; menor capacidade de resistência. Outro aspecto importantíssimo é que a intoxicação pelo álcool modifica as escolhas alimentares do atleta, frequentemente diminuindo a ingestão e assimilação dos hidratos de carbono, numa altura em que a restauração dos níveis de glicogénio devia ser uma prioridade.



Temos o exemplo do Sport Lisboa e Benfica que na época 2004/2005 conquistou o campeonato nacional e esteve presente na final da Taça de Portugal. Após onze anos o Benfica conquistava novamente o título e a euforia era generalizada. Na semana entre a conquista do campeonato e a final da Taça muitos dos jogadores da equipa foram notícia em jornais e revistas, vistos nas discotecas de Lisboa, com alguns excessos. O Benfica perdeu a final da Taça com uma equipa teoricamente inferior, o Setubal.

domingo, 20 de maio de 2007

Hidratração em desportos aquáticos

Apesar do conhecimento das consequências da desidratação no rendimento do desportista, poucos trabalhos foram realizados em atletas que competem em meio aquático acerca desta temática.

Uma parte destes atletas tem noção que não ocorre transpiração enquanto realizam exercícios dentro do meio aquático não havendo necessidade de se hidratarem.







No entanto, um estudo realizado em atletas de hóquei subaquático e pólo aquático (Costa, Ignacio A. Petruccelli, Fernando. La Deshidratación en los Trabajos Aeróbicos de Natación. PubliCE Standard. 28/01/2005. Pid: 424) demonstrou que a perda de água nestas atletas não pode ser negligenciável. Em exercícios de intensidade de 100% (800 m) verificou-se uma perda de 0,8% +/- 0,1 do peso corporal enquanto que exercícios de intensidade de 80% (1700 m) pode levar a perdas de cerca de 1% +/- 0,2 do peso corporal do atleta.

É necessário sensibilizar atletas e técnicos envolvidos neste tipo de desportos aquáticos da importância da hidratação destes atletas. Como sugestões, podem-se dispor garrafas de água ou bebidas energéticas ao longo da piscina para serem utilizadas em momentos de pausa de jogos colectivos. Ter em atenção também os intervalos que antecedem cada série de natação, aproveitando o momento para se hidratarem.

sábado, 12 de maio de 2007

O estado imune e a saúde dos desportistas

Eusébio foi recentemente hospitalizado por problemas de saúde. Será que ser um atleta de alto rendimento trás consequências negativas para o organismo? E em caso afirmativo, não devem estes ter cuidados especiais durante e depois da sua carreira desportiva?

Tal como o “pantera negra”, todos os desportistas de alta competição, sujeitos a exercício físico intenso, apresentam uma depressão do sistema imunitário, estando mais sujeitos ao aparecimento de infecções, nomeadamente no trato respiratório superior. As causas que provocam esta imunodepressão são multifactoriais, dentro das quais se inclui, com uma importância acrescida, um regime alimentar desequilibrado. Deficiências dietéticas de energia, proteínas e micronutrientes específicos estão então associadas uma função imune deprimida e a uma maior susceptibilidade a infecções.


Recomendações gerais para a manutenção da função imune dos atletas:

· ingestão de uma dieta suficientemente equilibrada para ir de encontro às suas necessidades energéticas.
· consumir 30 a 60 gramas de hidratos de carbono na forma de bebida durante exercício prolongado parece atenuar efeito imunossupressores do mesmo exercício.
· dietas muito ricas em gorduras prejudicam alguns aspectos da função imune celular.
· em atletas com dietas de restrição energética é vantajosa uma suplementação vitamínica.
· ingestão adequada de ferro, zinco, vitaminas A, C, E, B6 e B12, no entanto…
· o consumo de megadoses de vitaminas e minerais não é aconselhável, já que excesso de certos micronutrientes deteriora a função imune.
· a suplementação em antioxidantes poderá ser, ou não vantajosa. Por um lado diversos estudos têm demonstrado o efeito protector contra os danos no músculo induzidos pelos radicais livres que se verifica após a suplementação dos principais antioxidantes, no entanto, outros estudos demonstram que um desportista tem os seus mecanismos antioxidantes endógenos aumentados, pelo que a suplementação se mostra desnecessária.
· diversas evidencias sugerem a glutamina como um ácido aminado imunoestimulante. Também a suplementação de ácidos aminados de cadeia ramificada está associada ao melhoramento da função das células imunitárias, para além contribuir para a manutenção dos níveis plasmáticos de glutamina após o exercício.

Nota: O uso de suplementos deve acontecer apenas em casos específicos e em último recurso e sempre pela recomendação do nutricionista.
Queremos então demonstrar que a alimentação de um atleta tem que ser encarada de uma forma muito séria, rigorosa e profissional, já que para além da performance desportiva esta pode condicionar muitos outros aspectos da sua vida.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Quanta energia exige cada desporto?

Todos sabemos que diferentes desportos exigem diferentes esforços e que conforme a intensidade da acção, o mesmo desporto pode queimar mais ou menos calorias, em diferentes momentos competitivos.
Aqui mostramos alguns exemplos de quantas calorias por hora e por quilo gastam os atletas.








Curiosidade, um treinador de futebol com 80kg gasta aproximadamente 640 kcal durante uma partida! Se esta for a prolongamento e grandes penalidade, poderá gastar até 1000 kcal!!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Desporto e Vegetarianismo

“In fact, my best year of track competition was the first year I ate a vegan diet”
Carl Lewis.

A dieta vegetariana e a sua implicação no desporto de alto rendimento já vem sendo discutida há algum tempo, tendo ultimamente reunido consenso não haver diferenças significativas na performance física de atletas com dieta vegetariana.
No entanto é necessário muita precaução na adopção deste tipo de dietas, pois pode levar à falsa ideia que qualquer dieta vegetariana não trará défice de performance.
É preciso ter em conta que a dieta tem que ser equilibrada pois certos nutrientes normalmente de origem animal (ferro, zinco, vitamina B12, B6 e D, cálcio) poderão estar em défice.
Temos que ter em conta que há diferentes tipos de dietas vegetarianas, havendo substancial diferença nutricional entre uma dieta ovo-lacto-vegetariana (inclui leite, ovos e lacticínios) e uma dieta vegan (exclui qualquer alimento de origem animal ou produzido a partir de animais).


Particularidades da dieta vegetariana no desportista:

• Necessidades energéticas: São capazes de obter suficiente energia mas em geral fornecem menos energia que as dietas omnívoras por isso é necessário monitorizar ingestão destes atletas. No caso dos vegan, com dietas de elevados teores de fibra, a energia disponível vai diminuir pois a maior parte das fibras não é digerível.
• Proteína: Geralmente as dietas vegetarianas contêm menos proteínas que as omnívoras mas conseguem atingir e exceder as recomendações. Uma dieta vegetariana pode fornecer todos aminoácidos essenciais e não essenciais desde que seja diversificada e equilibrada. Atletas com uma dieta vegan necessitam de especial atenção para poderem suprir necessidades proteicas.
• Creatina: Podem ter menor concentração de creatina no tecido muscular relativamente à dieta omnívora, respondendo de forma positiva à suplementação.
• Ferro: Dietas vegetarianas contêm igual ou maior quantidade de ferro que outras dietas. No entanto é um tipo de ferro (não hémico) com muito menor absorção. Para compensar o défice de ferro, o atleta deve ingerir cereais de pequeno-almoço fortificados, pão, feijões, soja e derivados alternativos à carne, nozes, frutos secos, e vegetais folhosos verdes, acompanhados por vitamina C aumentando a biodisponibilidade do ferro.
• Zinco: A ingestão total deste nutriente também é geralmente inferior nos atletas vegetarianos em relação aos não vegetarianos. É necessário incrementar a ingestão de alimentos que possam fornecer boas quantidades de zinco como cereais, grãos, nozes, sementes, soja.
• Outros nutrientes: Este tipo de atletas podem estar em risco de défice de nutrientes como a vitamina B12, B6, D e cálcio. Para compensar podem ingerir alimentos como soja e seus derivados, tofu, cereais fortificados e vegetais verdes com baixos níveis de oxalatos como os brócolos.
• Antioxidantes: Dietas vegetarianas são ricas em nutrientes antioxidantes e fotoquímicos que podem ser potentes antioxidantes podendo reduzir o stress oxidativo.


As dietas vegetarianas estão associadas a vários benefícios para a saúde, com redução do risco de várias doenças, como as cardíacas, diabetes, obesidade, certas formas de cancro, etc…
Seria lógico colocar a questão se estes múltiplos benefícios da dieta vegetariana não poderiam ser transpostos para a actividade física e sua performance. No entanto vários estudos indicam que não traz vantagens nem desvantagens. Não obstante, fica a dúvida se este tipo de dietas não poderá ser benéfico devido ao seu estatuto alcalino e rico em antioxidantes na prevenção de lesões e recuperação do organismo.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Os tenistas e a banana

No terceiro parcial da primeira meia-final do torneio de Charlestown do circuito WTA entre Venus Williams e Jelena Jankovic, durante uma das pausas para troca de campo a atleta sérvia dá uma dentada numa banana. Esta cena é repetida vezes sem conta durante os jogos quer do circuito masculino, quer no feminino.


Até que ponto faz sentido esse consumo?

A banana é um alimento com alto teor de hidratos de carbono, tendo uma banana aproximadamente 20g de açúcares. Em termos de minerais apresenta valores apreciáveis de potássio, magnésio e cobre.

Em relação aos minerais, um tenista (ao contrário do que muitos jogadores e técnicos pensam) não apresenta grandes défices de potássio e magnésio durante um encontro. As perdas médias de potássio pelo suor são facilmente recuperadas através da ingestão média de potássio na alimentação quotidiana do atleta. Além disso, as caimbras e a fadiga muscular estão mais associadas a défices de sódio, não de potássio. Assim o tenista deve preocupar-se principalmente com a reposição de sódio (ver post sobre o ténis e o equilíbrio-electrolítico).
O facto de apresentar bom teor de hidratos de carbono poderá ser então a mais valia do consumo da banana durante o jogo, mas mesmo neste aspecto não se encontra grande vantagem, já que este fruto tem um tempo de digestão de aproximadamente 2 horas e durante o jogo é favorável uma reposição de açucares rápida.

Em suma, o consumo de bananas durante um encontro de ténis tem utilidade duvidosa. Até que ponto não será o factor psicológico a originar esta ingestão?

terça-feira, 10 de abril de 2007

Quando acaba a carreira desportiva…


Certamente muitos de nós, adeptos de vários desportos, já reparamos que muitos ex-atletas, outrora campeões de eleição, agora depois dos 40, 50 anos de vida estão numa condição física desajustada, inclusivamente com peso bem acima do desejável. Eusébio, Pelé (ex-futebolistas) e Carlos Lopes (ex-maratonista) são alguns exemplos de ilustres desportistas actualmente em má forma física.

Qual será a razão para que indivíduos em tão boa forma física quando competiam agora se apresentem com peso aumentado? Passará apenas pelo aumento do sedentarismo quando acaba a competição profissional, ou por desleixo dos cuidados alimentares? Será que a ausência da necessidade de manutenção de uma forma física ideal os torna mais permissivos no que diz respeito à alimentação ou tudo não passa de um processo fisiológico em que ganhar barriga é normal porque, como diz a gíria popular, “a idade não perdoa”?

segunda-feira, 26 de março de 2007

O Treino de Endurance de um Canoísta


Antes e depois do treino de endurance (com duração superior a 1 hora e de intensidade elevada) o praticante de canoagem deve ter cuidados especiais com a alimentação, preocupação esta que deve acompanhá-lo durante toda a época para que possa extrair o máximo de benefícios nos momentos competitivos.

Exemplo para um canoísta de 70 kg.:

4h antes do treino: -Sopa de legumes
-Exemplos de pratos: massa à blonhesa, feijoada à transmontana com poucos enchidos, empadão de carne, arroz de frango, massa com atum, bacalhau à Gomes de Sá, peixe grelhado com batata cozida, arroz de polvo…
-Sobremesa: fruta ou salada de fruta, arroz doce, aletria, gelatina, pão-de-ló.

1h30 antes do treino: (1g de hidratos de carbono por kg)
-Exemplos de lanches:- 2 tostas integrais com geleia + 1 iogurte líquido + 1 peça de fruta;
- leite chocolatado (200ml) + 8 bolachas integrais + 1 peça de fruta;
- bebida desportiva (500ml) + pão integral com geleia + 1 barra energética;
- prato de cereais (40g) + leite magro (125ml) + 1 peça de fruta)

0 a 1h depois do treino: (1 a 1,2g de hidratos de carbono por kg em cada hora após o treino)
-Exemplos de lanches:- bebida desportiva (500ml) + 2 barras energéticas
- 1 iogurte líquido (200ml) + 1 banana + 4 bolachas Maria
- sumo natural + 1 pão branco com marmelada

-Refeição principal rica em hidratos de carbono (ver exemplos de pratos)
4 a 5h- merenda como o acima indicado

Para informação mais detalhada clicar no título do post "O Treino de Endurance de um Canoísta"

quarta-feira, 21 de março de 2007

Futebol: glicogénio e rendimento



Este lance aconteceu numa meia-final da taça de Portugal disputada entre Sporting e Benfica. O protagonista, defesa esquerdo do Sporting, Paíto, percorreu uma distância de cerca de 70 metros em sprint na segunda parte do prolongamento e fez golo.
Num sprint deste tipo, o organismo do atleta vai buscar a maior parte da energia à glicose resultante da degradação do glicogénio muscular.
Num jogo de futebol, o glicogénio muscular é o principal substrato usado pelo organismo. Durante o jogo, à medida que as reservas de glicogénio em certas fibras diminuem, diminui a glicose usada como combustível assim como a eficácia da locomoção; aumenta a utilização das reservas lipídicas, aumentando os ácidos gordos livres no plasma bem como o glicerol. Por outro lado, especula-se que a diminuição das reservas de glicogénio esteja directamente relacionada com o cansaço do jogador nos minutos finais da partida, em conjunto com o aumento da concentração de lactato e desidratação. Com a maximização das reservas de glicogénio podemos conseguir jogadores em melhores condições físicas que se evidenciam com o aproximar do final da partida. Isto consegue-se com uma dieta rica em hidratos de carbono complexos (baixo índice glicémico) antes e depois da actividade física. As necessidades energéticas e em hidratos de carbono variam com as exigências físicas do jogador, relacionadas com a sua posição e papel na equipa.

Em suma, na prática de futebol a nível profissional (assim como outras modalidades de exigências físicas idênticas) não se pode deixar estes pormenores entregues à sorte do acaso. A preocupação com as questões de nutrição essenciais à condição física do atleta não se deve limitar à véspera dos jogos nem ao período activo dos jogadores. É também importante nos períodos de férias e pré-épocas e podem decidir os vencedores de troféus.

segunda-feira, 19 de março de 2007

A Nutrição Associada ao Desporto faz Campeões?

Certamente ninguém está indiferente à crescente carreira do Sevilha FC, clube que nas últimas épocas ganhou nada mais nada menos que uma Taça UEFA, uma Super Taça Europeia e na presente época ainda lidera a Liga Espanola.


Eis um exemplo de um caso de sucesso de um nutricionista e a prova de que a boa nutrição, associada a outros factores, pode fazer campeões.

“Energia explosiva”

E o que leva o Sevilha a ter tanta robustez física, resistência e habilidade para se manter no topo em frentes tão desgastantes como as competições em que se encontra envolvido? O nutricionista do clube, Antonio Escribano, ajudou vários jogadores a perder massa gorda e é famoso em Espanha pelas pequenas porções de comida em puré que contêm até 40 elementos (vitaminas, minerais, proteínas e por aí fora) que os futebolistas do Sevilha consomem, por vezes, ao intervalo dos encontros. “A alimentação é como a gasolina nos automóveis. Contudo, damos aos futebolistas comida que os ajuda a serem fortes e saudáveis, a manterem o peso correcto, mas que também lhes dá energia explosiva”. (www.uefa.com)

quarta-feira, 14 de março de 2007

"Quero ser como ele!!!"

Actualmente, as empresas responsáveis pela publicidade de algumas marcas de géneros alimentícios recorrem frequentemente ao uso de celebridades desportistas nos seus spots publicitários. Esta prática aproveita a popularidade de alguns desportos (fundamentalmente futebol e basketball) e a fama de alguns dos seus intervenientes. Deste modo, conseguem induzir uma associação entre essas mesmas marcas e saúde/ bom aspecto físico tão característicos dos atletas.
As crianças compõem a faixa etária que mais facilidade idolatra individualidades e imita o seu comportamento. A notoriedade dos desportistas tem maior impacto ao nível das crianças (componente afectiva), pelo que esta estratégia se pode considerar marketing infantil. Assim, os géneros alimentícios que se servem mais frequentemente desta ferramenta são os refrigerantes, pastilhas elásticas, batatas fritas de pacote, fast food, chocolates…alimentos maioritariamente consumidos por crianças ou adolescentes.


Alguns exemplos:
· Jardel fazia publicidade ao guaraná. Quando marcava um golo levantava a camisola do clube e mostrava outra por baixo que tinha o nome da marca;
· Roberto Carlos, Quaresma, Beckham entre outros jogadores de futebol participaram em spots publicitários da Pepsi;
· Moreira, Postiga e Tiago participaram em spots publicitários da Sumol;
· Ronaldinho participou em spots publicitários da Trident e Lays;
· Nuno Gomes participou em spots publicitários da Macdonalds;
· Deco cedeu a sua imagem aos cartazes dos gelados da Nestlé e à cadeia de restauração Vitaminas;
· Simão Sabrosa e Paulo Ferreira participaram em spots publicitários da Kinder;
· Ticha Penicheiro participa em spots publicitários da Kinder (kinder bueno), ainda em exibição nos espaços comerciais nas televisões.
Obviamente, a associação de alimentos cujo valor nutricional é reduzido a um bom estado de saúde é prejudicial no que diz respeito à saúde pública. Contudo, qual a solução para acabar com este tipo de associações? Recorrer a legislação que restrinja este tipo de pratica a alimentos considerados saudáveis é possível? Ou apenas podemos simplesmente esperar eternamente que as empresas se regulem pelos valores da ética? Quais as medidas que poderiam eventualmente ser tomadas no sentido de melhorar a situação actual?
A discussão fica em aberto…

terça-feira, 13 de março de 2007

Ténis e as bebidas desportivas

Depois do primeiro grand-slam vencido por Serena Williams e pelo “intocável” número 1 mundial Roger Federrer, na Austrália e com a aproximação do Roland Garros, o maior torneio do circuito em terra batida, muitas são as partidas de ténis televisionadas. Neste sentido, e durante o visionamento destes encontros, certamente muitos adeptos atentos do ténis se interrogam: “porque bebem e o que bebem os tenistas aquando das pausas para mudança de campo?”
Uma partida de ténis tem uma duração média de 2 horas, podendo prolongar-se, (nomeadamente nos torneios do grand-slam onde a competição masculina é jogada à melhor de 5 sets), a 4, 5 horas de esforço contínuo. Assim, as perdas hidro-electrolíticas podem ser bastante significativas. O equilíbrio hidro-electrolítrico é fundamental para a manutenção do pH e para a regulação da osmolaridade sanguínea e da temperatura corporal. A água que se perde por transpiração pode facilmente originar um estado de desidratação intensa caso o organismo não seja abastecido rápida e adequadamente. O sódio acompanha esta água perdida durante a transpiração, enquanto também existem perdas de potássio, que se consome durante a contracção muscular. Em provas com duração superior a duas horas torna-se assim crítico a reposição de água e sais o que previne a redução da concentração mental, da performance e das habilidades técnicas induzidas pela desidratação.



A hidratação apropriada passará pela ingestão de bebidas desportivas cuja eficácia dependerá da quantidade ingerida, do esvaziamento gástrico e da absorção intestinal. Em suma e segundo American College of Sports Medicine “Durante o exercício, os atletas devem começar a beber cedo e a intervalos regulares na tentativa de conseguirem consumir fluidos a uma taxa suficiente para repor toda a água perdida através da sudação (perda de peso) ou consumir a quantidade máxima que possa ser tolerada”. Ainda, e segundo a Nathional Athletic Trainers’ Association, “a reposição de fluidos deve aproximar-se das perdas urinárias e pelo suor e pelo menos manter a hidratação menor que 2% da redução do peso” sendo o principal electrólito a ter em atenção o sódio.

sexta-feira, 9 de março de 2007

A Nutrição no Ciclismo

A época do ciclismo acaba de começar, sendo as primeiras provas uma referência à condição física dos ciclistas para quando chegarem aos meses do Verão, pico da época, estarem no máximo das suas potencialidades.
Sendo esta uma das modalidades com maior dispêndio energético, até 1200 Kcal por hora, com características peculiares, resolvemos apresentar sinteticamente os principais cuidados alimentares em dias de treino, pré-competição, dia de competição, e após a competição.

Dieta dia treino: 50-60Kcal/kg/dia, 60-65% hidratos de carbono, 12-15% proteínas, 20-28% gorduras, limitando as saturadas. Ter em atenção vitaminas (B1, B2, C) minerais (ferro, cálcio, magnésio) e antioxidantes (Vitaminas A, E, C, selénio, zinco, cobre, manganês).

Dieta pré-competição: Não mudar substancialmente os hábitos alimentares. Incrementar a contribuição de hidratos de carbono, entre 10-12g/kg/dia (65-70% valor energético total). Evitar alimentos ricos em fibras, leguminosas, bebidas gasosas, molhos, picantes.
Dieta controlada em gorduras e proteínas.
Aumentar a ingestão de fluidos nos 3 dias anteriores à prova.

Dieta dia de competição: Refeição pelo menos 2-3 horas antes da prova para haver um total esvaziamento do estômago. Realizada em condições de calma, mastigando bem. Evitar excesso de fibras, carnes e gorduras, fritos, molhos, sensação de saciedade e não abusar no café ou chá dada a sua acção diurética.
No período de 45-60min antes da prova, há a denominada ração de espera. Neste período os ciclistas consomem alimentos com valor energético próximo 85-100 Kcal, preferencialmente alimentos semi-líquidos (sumo de fruta, iogurte magro com frutas...) existindo uma absorção mais rápida de modo a não haver risco de hipoglicemia. Neste sentido ainda, evitar ingerir açúcares simples a 30-45 min do início da prova. Quando faltarem 5-10 min pode-se ingerir bebida isotónica ou gel com 0,8ml/kg que pode ser acompanhado de 25g. de hidratos de carbono.
Durante a prova tomar 600-1200 ml água e bebida isotónica ou em forma de gel. Alternar com sólidos (barrinhas cereais, bananas) com uma absorção mais pausada, que mantém os níveis de glicose no sangue mais estáveis.


Dieta após competição: Na 1ª hora após exercício ingerir cerca de 1litro de bebida isotónica mais 1 saquinho de gel com 40g. de hidratos de carbono.
Na 2ª hora seguinte à prova ingerir cerca de 600 ml. de bebida isotónica mais 400 ml. de água e 1 saquinho de gel com 40g. de hidratos de carbono.
Na 3ª hora ingerir 500 ml. de bebida isotónica e 500 ml. de água mais 1 barrinha de cereais e 1 iogurte magro com frutas.
Haverá ainda lugar a uma refeição (jantar) rica (70% valor energético total) em hidratos de carbono, de preferência complexos, cerca de 20% de proteínas e 10% de gordura.

Estes são apenas aspectos gerais dos cuidados nutricionais a ter em conta por parte dos ciclistas, que podem através do cumprimento destes cuidados atingir os principais objectivos da alimentação e nutrição do ciclista, como é o caso da prevenção da desidratação; reposição dos macro e micronutrientes; controlo da gordura corporal; recuperação muscular e reposição de glicogénio; protecção do sistema imunitário; protecção celular contra o excesso de radicais livres e a acidez – acido láctico.

terça-feira, 6 de março de 2007

Pesado?

A questão do excesso de peso e sua influência negativa no rendimento desportivo é de consenso geral. No entanto, jogadores mediáticos como Ronaldo, Wayne Rooney e mais recentemente Ronaldinho e Fabrizio Miccoli que têm sido noticia devido ao aumento de peso conseguem calar os críticos com seus resultados desportivos.
A pergunta que se impõe nestes casos é o de saber até que ponto os resultados desportivos não seriam melhorados com um adequado controlo alimentar.
Entre estes futebolistas há que ter em conta algumas diferenças, há desportistas que sempre apresentaram um certo excesso de peso para a prática desportiva ao longo das suas carreiras como é o caso de Wayne Rooney e Fabrizio Miccoli, enquanto que Ronaldo e Ronaldinho aumentaram de peso nos últimos anos, quer por descuidos alimentares, factores psicológicos ou lesões.



Ao abordar a temática do peso dos atletas é preciso ter em conta o peso de forma.
A noção de “peso de forma” é uma das mais referidas pelos desportistas, sobretudo nas disciplinas de resistência onde constitui mesmo uma preocupação exagerada, em particular junto das mulheres de bom nível.
Trata-se de um peso com o qual tudo funciona perfeitamente, não traduz por isso apenas os desempenhos que lhe estão ligados, mas visa traduzir uma situação “óptima” para o conjunto das funções fisiológicas.
Na prática pede-se ao atleta que anote o seu peso após certas sessões e no termo de cada prova, ao longo de vários meses. Com estes dados poderemos traçar uma curva que traduzirá a relação peso e desempenho. Esta curva parecer-se-á com uma curva em forma de “U” invertido. A parte direita da curva indica uma diminuição competitiva do atleta que ganhou peso, o que é normal. Mas a perda de peso do atleta também influencia negativamente no rendimento desportivo. A definição do peso de forma não é fácil de obter e é de todo um valor que possa ser padronizado para os atletas em geral. Este valor é individualizado, subjectivo às características únicas de cada jogador. Há que ter cuidado na interpretação do peso dos atletas pois no desporto é difícil definir valores para atletas das diversas modalidades.
O acompanhamento do atleta por um profissional de nutrição ajudará a definir e controlar o referido peso de forma.

Há que diferenciar os atletas que sempre tiveram um peso acima do normal para a generalidade dos atletas mas que é o seu peso de forma dos atletas que ganham peso num curto espaço de tempo e que não esta no seu.

Em suma, o factor peso é apenas um dos vários factores que influenciam a perfomance do atleta. O excesso de peso especificamente associado a altos níveis de massa gorda é particularmente prejudicial ao rendimento do atleta, na medida em que representa um acréscimo de esforço na sua locomoção.
Neste sentido, exige-se uma maior ponderação nas abordagens ao peso dos atletas por parte da comunicação social.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

O Desportista de Alto Rendimento

Antes de mais, é oportuno fazer uma breve e simples referência à fisiologia do exercício, para que se compreenda aonde o músculo vai “buscar” energia para a realização de trabalho.
Para a obtenção de energia, o músculo recorre a três sistemas metabólicos: transformação de fosfato de creatina em creatina + PO3, onde se formam 4 moles de ATP/min num tempo de exercício médio entre 8 a 10 segundos; transformação de glicogénio em ácido láctico, gerando-se 2,5 moles de ATP/min num tempo médio de 1,3 a 1,6 minutos; e produção de 1 mol de ATP/min a partir da oxidação de glicose, ácidos gordos e ácidos aminados, num tempo variável. Os dois mecanismos iniciais são anaeróbios, sendo este último um mecanismo aeróbio. A taxa de utilização destes diferentes substratos depende de factores como a intensidade e duração do exercício, a alimentação e o estado nutricional do indivíduo, da forma do atleta (nível de treino) e do seu sexo.



Um desportista é um indivíduo que explora as potencialidades do seu organismo de forma acentuada, dependendo a “violência” com que usa (e às vezes abusa) do seu corpo das exigências das diferentes modalidades competitivas. Existem desportos que exigem custos energéticos muito altos, como o ciclismo, onde um atleta chega a gastar mais de 1000 kcal por hora e outros desportos não tão exigentes a este nível, como o golfe, onde se consome em média 4,5 kcal/kg/hora. Além deste aspecto, em diferentes modalidades os momentos competitivos também variam muito. Por exemplo, em campeonatos de selecções no futebol normalmente jogam-se 2 encontros por semana, enquanto que no andebol podem se jogar 3 encontros num espaço de apenas 4 dias.
Por estas razões a nutrição do atleta tem que ser encarada da forma em que cada caso é um caso, até porque factores como a idade, o sexo, o clima, o tipo de esforço, a cultura e gostos e a nação \ região do desportista têm uma influencia determinante na sua relação e reacção à alimentação.
O regime de um desportista terá como base uma alimentação saudável, mas existem quatro pontos de acção específicos e fundamentais que irão contribuir para melhorar o estado nutricional do atleta com vista a aperfeiçoar a sua performance: - Maiores necessidades energéticas; -Maximização das reservas de glicogénio (HC); -Especial importância da hidratação; -Particularidades das refeições pré, intra e pós-competição.
De facto, a nutrição desportiva pode contribuir para uma performance ideal desde que conjugada com muitos outros factores. Apesar de um programa alimentar não transformar um atleta de craveira média num atleta olímpico, ou numa grande estrela, um plano alimentar desadequado e mal estruturado pode prejudicar os resultados pretendidos.

Samuel Amorim, Rui Gomes, Tiago Dias

Alimentação e Nutrição no Desporto

Bem vindos ao alimentacaodesporto.

Aqui iremos tentar abordar de forma séria e o mais fundamentada possível a temática da Alimentação e Nutrição no Desporto.

Somos três estudantes a frequentar o 4º ano da licenciatura em Ciências da Nutrição e Alimentação na Universidade do Porto. Desde o início da nossa formação neste curso que temos uma paixão por esta área, que de um modo geral se encontra sub-explorada no nosso país. É nossa convicção que a nutrição pode desempenhar um papel fundamental na maximização das potencialidades de um desportista.

Quantas vezes se abre uma revista e encontramos dicas com fundamento duvidoso acerca de alimentos e suplementos que supostamente melhoram a performance de atletas? E os próprios atletas, quantos deles têm superstições e mitos relacionados com alimentos e o efeito destes no seu rendimento?
É para combater as informações com pouca ou nenhuma qualidade e até contraditórias que nos desafiamos a escrever neste espaço.

Entendemos que a procura de informação sobre a alimentação do desportista deve ser direccionada para nutricionistas, os profissionais de saúde com mais formação nesta área.

Estaremos disponíveis para dar as nossas opiniões sobre nutrição no âmbito desportivo no seguinte endereço:
dep.nutricao.desporto@gmail.com

Até breve

Samuel Amorim, Rui Gomes, Tiago Dias.