segunda-feira, 30 de abril de 2007

Quanta energia exige cada desporto?

Todos sabemos que diferentes desportos exigem diferentes esforços e que conforme a intensidade da acção, o mesmo desporto pode queimar mais ou menos calorias, em diferentes momentos competitivos.
Aqui mostramos alguns exemplos de quantas calorias por hora e por quilo gastam os atletas.








Curiosidade, um treinador de futebol com 80kg gasta aproximadamente 640 kcal durante uma partida! Se esta for a prolongamento e grandes penalidade, poderá gastar até 1000 kcal!!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Desporto e Vegetarianismo

“In fact, my best year of track competition was the first year I ate a vegan diet”
Carl Lewis.

A dieta vegetariana e a sua implicação no desporto de alto rendimento já vem sendo discutida há algum tempo, tendo ultimamente reunido consenso não haver diferenças significativas na performance física de atletas com dieta vegetariana.
No entanto é necessário muita precaução na adopção deste tipo de dietas, pois pode levar à falsa ideia que qualquer dieta vegetariana não trará défice de performance.
É preciso ter em conta que a dieta tem que ser equilibrada pois certos nutrientes normalmente de origem animal (ferro, zinco, vitamina B12, B6 e D, cálcio) poderão estar em défice.
Temos que ter em conta que há diferentes tipos de dietas vegetarianas, havendo substancial diferença nutricional entre uma dieta ovo-lacto-vegetariana (inclui leite, ovos e lacticínios) e uma dieta vegan (exclui qualquer alimento de origem animal ou produzido a partir de animais).


Particularidades da dieta vegetariana no desportista:

• Necessidades energéticas: São capazes de obter suficiente energia mas em geral fornecem menos energia que as dietas omnívoras por isso é necessário monitorizar ingestão destes atletas. No caso dos vegan, com dietas de elevados teores de fibra, a energia disponível vai diminuir pois a maior parte das fibras não é digerível.
• Proteína: Geralmente as dietas vegetarianas contêm menos proteínas que as omnívoras mas conseguem atingir e exceder as recomendações. Uma dieta vegetariana pode fornecer todos aminoácidos essenciais e não essenciais desde que seja diversificada e equilibrada. Atletas com uma dieta vegan necessitam de especial atenção para poderem suprir necessidades proteicas.
• Creatina: Podem ter menor concentração de creatina no tecido muscular relativamente à dieta omnívora, respondendo de forma positiva à suplementação.
• Ferro: Dietas vegetarianas contêm igual ou maior quantidade de ferro que outras dietas. No entanto é um tipo de ferro (não hémico) com muito menor absorção. Para compensar o défice de ferro, o atleta deve ingerir cereais de pequeno-almoço fortificados, pão, feijões, soja e derivados alternativos à carne, nozes, frutos secos, e vegetais folhosos verdes, acompanhados por vitamina C aumentando a biodisponibilidade do ferro.
• Zinco: A ingestão total deste nutriente também é geralmente inferior nos atletas vegetarianos em relação aos não vegetarianos. É necessário incrementar a ingestão de alimentos que possam fornecer boas quantidades de zinco como cereais, grãos, nozes, sementes, soja.
• Outros nutrientes: Este tipo de atletas podem estar em risco de défice de nutrientes como a vitamina B12, B6, D e cálcio. Para compensar podem ingerir alimentos como soja e seus derivados, tofu, cereais fortificados e vegetais verdes com baixos níveis de oxalatos como os brócolos.
• Antioxidantes: Dietas vegetarianas são ricas em nutrientes antioxidantes e fotoquímicos que podem ser potentes antioxidantes podendo reduzir o stress oxidativo.


As dietas vegetarianas estão associadas a vários benefícios para a saúde, com redução do risco de várias doenças, como as cardíacas, diabetes, obesidade, certas formas de cancro, etc…
Seria lógico colocar a questão se estes múltiplos benefícios da dieta vegetariana não poderiam ser transpostos para a actividade física e sua performance. No entanto vários estudos indicam que não traz vantagens nem desvantagens. Não obstante, fica a dúvida se este tipo de dietas não poderá ser benéfico devido ao seu estatuto alcalino e rico em antioxidantes na prevenção de lesões e recuperação do organismo.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Os tenistas e a banana

No terceiro parcial da primeira meia-final do torneio de Charlestown do circuito WTA entre Venus Williams e Jelena Jankovic, durante uma das pausas para troca de campo a atleta sérvia dá uma dentada numa banana. Esta cena é repetida vezes sem conta durante os jogos quer do circuito masculino, quer no feminino.


Até que ponto faz sentido esse consumo?

A banana é um alimento com alto teor de hidratos de carbono, tendo uma banana aproximadamente 20g de açúcares. Em termos de minerais apresenta valores apreciáveis de potássio, magnésio e cobre.

Em relação aos minerais, um tenista (ao contrário do que muitos jogadores e técnicos pensam) não apresenta grandes défices de potássio e magnésio durante um encontro. As perdas médias de potássio pelo suor são facilmente recuperadas através da ingestão média de potássio na alimentação quotidiana do atleta. Além disso, as caimbras e a fadiga muscular estão mais associadas a défices de sódio, não de potássio. Assim o tenista deve preocupar-se principalmente com a reposição de sódio (ver post sobre o ténis e o equilíbrio-electrolítico).
O facto de apresentar bom teor de hidratos de carbono poderá ser então a mais valia do consumo da banana durante o jogo, mas mesmo neste aspecto não se encontra grande vantagem, já que este fruto tem um tempo de digestão de aproximadamente 2 horas e durante o jogo é favorável uma reposição de açucares rápida.

Em suma, o consumo de bananas durante um encontro de ténis tem utilidade duvidosa. Até que ponto não será o factor psicológico a originar esta ingestão?

terça-feira, 10 de abril de 2007

Quando acaba a carreira desportiva…


Certamente muitos de nós, adeptos de vários desportos, já reparamos que muitos ex-atletas, outrora campeões de eleição, agora depois dos 40, 50 anos de vida estão numa condição física desajustada, inclusivamente com peso bem acima do desejável. Eusébio, Pelé (ex-futebolistas) e Carlos Lopes (ex-maratonista) são alguns exemplos de ilustres desportistas actualmente em má forma física.

Qual será a razão para que indivíduos em tão boa forma física quando competiam agora se apresentem com peso aumentado? Passará apenas pelo aumento do sedentarismo quando acaba a competição profissional, ou por desleixo dos cuidados alimentares? Será que a ausência da necessidade de manutenção de uma forma física ideal os torna mais permissivos no que diz respeito à alimentação ou tudo não passa de um processo fisiológico em que ganhar barriga é normal porque, como diz a gíria popular, “a idade não perdoa”?