In Jornal OJOGO, 30 Dezembro de 2006
Nesta altura do ano, é frequente o aparecimento de notícias que visam o estado competitivo no qual os atletas regressam ao trabalho. São muitos os factores que afectam este estado, dos quais se destaca a alimentação.
A alimentação no período de pausa competitiva, ao interferir com as reservas corporais de gordura, acarreta implicações na performance desportiva dos atletas. Neste sentido, deve ser pensada de modo a permitir um “excesso controlado”. Na quadra Natalícia, o risco de um atleta cometer erros alimentares que comprometam o seu rendimento desportivo é elevado, dada a oferta alimentar característica desta fase do ano. Ademais, esse risco será tanto maior quanto menor for o apoio nutricional prestado ao atleta, que incida sobre o impacto da nutrição no rendimento desportivo assim como formas de contornar as más opções alimentares sem tirar o encanto de uma boa mesa de Natal.
A alimentação no período de férias constitui assim um teste ao brio profissional do atleta, sendo que a reprovação neste teste representa menor capacidade competitiva no recomeço da temporada. Citando Joaquin Caparrós, “Um atleta está a treinar quando está a comer, quando está a descansar.”
Entende-se e recomenda-se portanto que os Clubes Desportivos apresentem determinados padrões de exigência no controlo da massa gorda dos seus atletas. No entanto, é importante referir que, para o poderem fazer, devem fornecer aos seus atletas ferramentas que lhes permitam alcançar os objectivos, através de apoio nutricional. Este deve constituir uma política integrada ao longo de toda a época.
Aproveitamos a ocasião para endossar a todos os leitores os sinceros desejos de umas boas festas na entrada do Ano Novo e um Excelente 2009.