quarta-feira, 18 de abril de 2007

Os tenistas e a banana

No terceiro parcial da primeira meia-final do torneio de Charlestown do circuito WTA entre Venus Williams e Jelena Jankovic, durante uma das pausas para troca de campo a atleta sérvia dá uma dentada numa banana. Esta cena é repetida vezes sem conta durante os jogos quer do circuito masculino, quer no feminino.


Até que ponto faz sentido esse consumo?

A banana é um alimento com alto teor de hidratos de carbono, tendo uma banana aproximadamente 20g de açúcares. Em termos de minerais apresenta valores apreciáveis de potássio, magnésio e cobre.

Em relação aos minerais, um tenista (ao contrário do que muitos jogadores e técnicos pensam) não apresenta grandes défices de potássio e magnésio durante um encontro. As perdas médias de potássio pelo suor são facilmente recuperadas através da ingestão média de potássio na alimentação quotidiana do atleta. Além disso, as caimbras e a fadiga muscular estão mais associadas a défices de sódio, não de potássio. Assim o tenista deve preocupar-se principalmente com a reposição de sódio (ver post sobre o ténis e o equilíbrio-electrolítico).
O facto de apresentar bom teor de hidratos de carbono poderá ser então a mais valia do consumo da banana durante o jogo, mas mesmo neste aspecto não se encontra grande vantagem, já que este fruto tem um tempo de digestão de aproximadamente 2 horas e durante o jogo é favorável uma reposição de açucares rápida.

Em suma, o consumo de bananas durante um encontro de ténis tem utilidade duvidosa. Até que ponto não será o factor psicológico a originar esta ingestão?

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