terça-feira, 10 de abril de 2007

Quando acaba a carreira desportiva…


Certamente muitos de nós, adeptos de vários desportos, já reparamos que muitos ex-atletas, outrora campeões de eleição, agora depois dos 40, 50 anos de vida estão numa condição física desajustada, inclusivamente com peso bem acima do desejável. Eusébio, Pelé (ex-futebolistas) e Carlos Lopes (ex-maratonista) são alguns exemplos de ilustres desportistas actualmente em má forma física.

Qual será a razão para que indivíduos em tão boa forma física quando competiam agora se apresentem com peso aumentado? Passará apenas pelo aumento do sedentarismo quando acaba a competição profissional, ou por desleixo dos cuidados alimentares? Será que a ausência da necessidade de manutenção de uma forma física ideal os torna mais permissivos no que diz respeito à alimentação ou tudo não passa de um processo fisiológico em que ganhar barriga é normal porque, como diz a gíria popular, “a idade não perdoa”?

1 comentário:

Anónimo disse...

Desde já, gostaria de aradecer o facto de colocarem ao dispor de todos os cybernautas esta oportunidade para comentarem o vosso blog que, desde já, felicito pela excelente qualidade visual e pela informação que nele contém. Relativamente à temática "Quando acaba a carreira desportiva...", gostaria de salientar várias questões, sendo a primeira, referente a uma das áreas que integrei na elaboração do meu trabalho de final de curso, a cardiologia associada à Medicina DEsportiva. De facto, após o término da carreira desportiva, semanas depois foi possível, de acordo com muitos estudos feitos, a regressão em termos musculares da força cardíaca, demonstrada pelas voltagens dos complexos QRS, observável através de um electrocardiograma normal e, através de ecocardiografia, a diminuição da espessura das paredes cardíacas, especialmente da cavidade ventricular esquerda. Outra questão que achei interessante no vosso artigo é a "desculpa" que muitos atletas encontram para explicar a nova condição física que se encontram, "A idade ja nao perdoa"; pois bem, isto é, nada mais nada menos, e como já disse, uma desculpa visto já ter encontrados muitos pacientes, com idades a rondar os 60 - 70 anos de idade que pareciam e assemelharem-se ao eusébio de ha 20 ou quase 30 anos atrás, que pelos métodos utilizados, pela disponibilização de tempo para a competição ou prática de qualquer modalidade física, conseguiram manter a sua performance. Concordo que os atletas têm o seu auge pelos 25 anos, 30 anos, e que ha um descréscimo dessa mesma performance, bem como outros factores relacionados, como a densidade óssea, sistema imunológico mais debilitado entre outros factores de risco que estes indivíduos estão sujeitos, mas aos quais devem ser tidos em consideração com uma simples visita ao médico de família para um "check-up" e seguimento médico. Na minha área, acontece que os indivíduos que se me apresentam revelam, muitas vezes, que eram perfeitamente saudáveis até à altura da primeira doença, associada à sintomatologia, e que depois surgiram outras e outras complicações. Logicamente que nao se deve à primeira visita ao médico, mas sim o facto de muitos pensarem que so estão doentes quando sentem alguma dor, alguma sintomatologia.
a concluir, penso que a saúde é algo que se vai construindo e que temos que preservar. O facto de muitos atletas serem remunerados pela prática desportiva não invalida, com a reforma, que mão dêem continuadade a essa mesma actividade, desta não pelo dinheiro mas por algo muito mais importante, a propria sade.