quarta-feira, 30 de maio de 2007

Meios ergogénicos: vantagem na performance ou “presente envenenado”?

Já foram vários os casos de controlos anti-doping positivos que recentemente aconteceram quer no desporto português, quer no desporto internacional. Talvez o último caso mais mediático foi o do ciclista norte-americano Floyd Landis. O atleta da Phonak, após “quebrar” nitidamente numa das etapas do Tour de 2006, consegue fazer uma etapa seguinte notável, conseguindo acabar a volta a França em 1º lugar. Terminada a prova, o ciclista acusou positivo num controle anti-doping, ficando a polémica do retirar-lhe ou não o título do Tour. Em muitos destes casos os altetas justificam-se dizendo que não tomaram nenhuma substância ilegal, levantando hipóteses de que o conteúdo dopante, foi ingerido involuntariamente e sem o seu conhecimento.

Os meios ergogénicos são produtos ingeridos com o objectivo de melhorar a performance desportiva. Já existem alguns estudos que ao analisarem a composição destes produtos chegam às conclusões que: estes têm substâncias diferentes das mencionadas nos rótulos, que existe uma grande variabilidade de produto para produto e muitos nem têm informação dos ingredientes. Existem então 3 pontos determinantes para a avaliação da validade científica dos meios ergogénicos:
As quantidades e a composição são as que são utilizadas nos estudos científicos?
Os efeitos referidos pela bula são os referidos pela literatura?
Os efeitos descritos são úteis para o desporto a que se destinam?

Em conclusão e segundo várias associações de nutrição e de desporto estas substâncias devem ser usados com cautela, e apenas após uma avaliação cuidada do produto para segurança, eficácia, potência e para a detecção da presença ou não de substâncias ilegais. Será um aconselhamento nutricional ministrado por um especialista em nutrição e fornecido depois de uma análise cuidada da saúde, alimentação, suplementação e necessidades energéticas do desportista.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde
Gostei muito do vosso tema, no que respeita ao controlo dopping. gostaria de deixar a minha opinião no que toca a este tema, sendo o seguinte: De facto existem substâncias, muitas elas conhecidas na comunidade médica, (Medicina DEsportiva), e que são totalmente vedadas aos atletas de alta competição, mas por outro lado, sabe-se que os atletas têm um limiar de dopping que é, de facto, utilizado pelos médicos, para melhorarem a performance dos seus atletas. Este limiar de dopping é nada mais nada menos, a concentração de uma substância dopante que pode ser ingerida até determinado valor. Aquando a passagem desse valor, acusam "positivo" nos testes de dpping. Muitas vezes estes atletas vão para as suas competições já no limite, tendo que ter alguma moderação nos alimentos que ingerem. Associando-se a isso que alguns alimentos podem conter substâncias dopantes (mesmo que mínimas), poderão ser suficientes para ultrapassar esse limiar. Talvez entidades reguladoras devam ter em atenção aos rótulos dos alimentos ou então, entidades formadoras para explicar aos atletas o que de facto andam a fazer com eles (sim, visto que muitos atletas nao sabem o que tomam, que efeitos secundários têm, apenas sabem que é para melhorar a performance). Agora perguntam, "Porquê os atletas terem formação?", pois bem, se nós, profissionais de saúde, se economistas, se outras profissões também o têm, porque não ensinar também os atletas, de modo a melhorarem a sua profissão em termos intelectuais com posterior benefício físico?